quarta-feira, 30 de julho de 2008

Musical

O descompasso das coisas da vida e das gentes me assombra, sempre.

O nove nunca é dez
O nono sempre pecado
Noves fora de mim, zero.

Descobri, meio sem querer, meio procurando sinais, uns sites sobre astrologia. Neles, a descrição das características do meu signo (Câncer). Para meu quase assombro, muitas coisas bateram. Muito, inclusive. E olha que ainda fiz o teste de ler qualquer outro signo só para destruir a credibilidade da coisa. Em vão.

Era pra mim mesmo. Sentimento de manada à parte, coincidência ou não, mora na crueza de certas verdades universais e comuns respostas para questões tão íntimas? Para que psicoterapia então, afinal? Não, não... Não é tão fácil assim. O troço é mais além. Mais dentro, mais fundo. (Muito embora eu continue achando interessantíssimas certas coisas "do astral".)

Acabo de fechar importantes ciclos, encontro-me ainda em meio a alguns deles, enormes. Mas sempre em movimento. Ainda vejo-me na janela, mas na cabine do motorneiro agora. Perdi muitas coisas, desfiz-me de grande parte delas, incorporei novas, começo a entender minha pupa.

Vejo com grande alegria a celebração da vida de pessoas muito queridas, seus passos cada vez mais firmes. Decerto que alguns passos não se encaixam em nenhum tipo de dança conhecido ou a música que as embala a mim é defeso reclamar a contraparte, enfim... Fico feliz mesmo assim, com algum aperto no coração, mas fazer o quê?

O descompasso nas vidas das gentes pode ser mesmo imenso... Mas sempre haveremos de encontrar o "um".

E como aprendi outro dia, não se pode parar a música da vida e gritar: "Da capo!"

Nenhum comentário: