Não me dê estas vestes
Negras
Recuso-me ao luto.
Vestir-me-ei sim, mas da brancura dos lírios da noite
Pois minha pele despida arrepia neste frio
Minhas mãos crispam-se e agarram-se ao ar. E arranham até chegar ao osso.
O ser liberto sabe não se quer o toque firme de mãos que mais soltam que aprisionam.
O sentir pensado dualmente vê-se minguante.
Natimorto, não descansa fácil
Ungido nas espumas da esperança
Do vir-a-ser.
Cale-se a noite,
Cale-se o mar,
Cale-se a luz,
Cale-se a dor,
Calem-se todos e ouçam a melodia que quase sussura, flutua pelo ar e atinge como seta
Mas não fere
Porque não deve. Não pode...
As coisas mais belas moram no silêncio.
sábado, 28 de junho de 2008
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