quarta-feira, 30 de março de 2011

Parada Obrigatória (ou "Não é que é bom ficar só, ao menos um pouquinho, às vezes?

Nada como sentar-se à calçada, parado
E ver a cidade passar
O tempo passar...
Deixar escorrer pela garganta, o gole
Da bebida
Pelas narinas, a fumaça
Do trago
Dos carros, motos
E as ambulâncias com suas sirenes sonoras
Completando os sentidos
Misturando ao som o asfalto que responde
O passar deles.
Que preenche o silêncio das noites vazias,
Das mentes que gritam fazendo calar
O (ab)surdo dos pensamentos todos...
(Realidade em suspensão)
Onde tudo o que se move
Segue o ritmo desse frenesi.
Quando "estar só" não existe
Porque não nos sentimos a sós ante a tanta vida,
Que pulsa,
vibra,
geme e canta.
Não cabem aqui, agora, sentimentos tais como algum que lembre desamparo
Com toda essa sensação de leveza e torpor desafiando o caos...
E sozinho (É, sozinho!)
E em paz, na mais absoluta paz
Enfim.
A mão corre solta, mole, emprestando ao papel sensações.
- Nada como estar vivo e poder sentir e
Traduzir
Tudo isso.
(Amanhã? Trabalho!
Hoje, não mais)
...
Noites assim lembram porque os dias insistem em existir, fingindo repetições.
Noites assim fazem tudo valer a pena:
as dores, as angústias, os sofreres...
Porque amar a noite, noites assim,
É celebrar no mais profundo nível
A vida.
"E la nave va..."

Um comentário:

. disse...

...se vc achar companhia em vc mesmo,será inevitável a felicidade...assim...purinha!

alive!

Andréa Bandeira